quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Um boato: Gaza


As vezes perguntamos, mas porque, e para quê, será por prazer, não sabemos, fazemos perguntas sem respostas a procura de uma resposta ou mais. As pessoas perdem os seus nós, aumentam a sua angústia, cultivam o medo dentro delas, mas tudo isso porquê, por causa de um dizer que talvez começa com uma pessoa ou mesmo de um grupo de pessoas. Concretamente aos 18 de Setembro de 2013 um boato espalha-se na província de Gaza visando semear nas pessoas o medo do que nunca tiveram medo: da morte. A comunicação fluente hodierna expandiu a informação de uma maneira excitante e chegando a alguns outros cantos do país. Dos outros cantos este boato teve mais propagação para as províncias de Maputo e Inhambane carregando o mesmo despertar atenção para todo o lado.

 O boato carregava consigo a mensagem de um sopro/espírito mau que temporariamente passaria pelas regiões deixando uma doença mortífera ou mesmo "morte" por onde passasse. Este facto levou ao pânico a população, levou ao encerramento das escolas nas regiões suburbanas, justificando-se o abandono pela busca do antídoto à doença. 
 O possível antídoto seria  untar-se ou enrolar um fio de cacana. Esta seria eficaz porque amarga e rasteja no chão como sinal de humilhação. Então amarrar significaria acreditar na salvação divina contra o mau.

A realidade social é puramente susceptível de representação verbal e isto coloca em causa a  veracidade dessa própria realidade. Cabe a cada um de nós entender antes de propagar uma informação.





Por Félix Arrone Mazive

"A educação perspectivando a criação de um futuro melhor".